Apesar de chuvas abaixo da média, reservatórios do Paranapanema apresentam recuperação

Na tarde hoje (20), foi realizada a 1ª Reunião da Sala de Crise do Paranapanema. O Coordenador-geral do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Marcelo Seluchi, durante a videoconferência, mostrou que durante o ano de 2021 apenas dois meses choveu acima da média na região da Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema – janeiro e outubro. Apesar das chuvas nos últimos dias, o mês de janeiro deve fechar abaixo da média história de pluviosidade.

Contudo, as chuvas ajudaram a aumentar o nível dos reservatórios presentes na Bacia com maior dificuldade para recuperação: Jurumirim de 22% foi para 24%, Chavantes de 39% foi para 42%, Capivara de 38% para 29% e Mauá de 43% para 42%. Os dados foram apresentados pela engenheira do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Camila Azevedo.

Entre hoje (20) e 28 de fevereiro, as operações devem seguir as seguintes diretrizes:

  • Jurumirim vazão turbinada de 60 m³/s;
  • Chavantes vazão turbinada de 110 m³/s;
  • Mauá vazão turbinada de 200 m³/s em dias uteis e 80 m³/s em finais de semana e feriados;
  • Capivara vazão turbinada de 600 m³/s em dias uteis e 550 m³/s aos sábados e de 480 m³/s domingo e feriados.

Seguindo as premissas de operações propostas pelo ONS, os reservatórios devem apresentar os seguintes volumes úteis: Jurumirim: 37%; Chavantes: 44%; Capivara: 21%; e Mauá: 26%. Vale destacar que as diretrizes apresentadas podem sofrer alterações para atender ao Sistema Interligado Nacional. O grupo volta a se reunir no dia 24 de fevereiro, às 15h.

Sala de Crise

Para compartilhar informações e tomadas de decisões, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) instituiu a Sala de Situação do Paranapanema, posteriormente intitulada Sala de Crise, composta pelos seguintes integrantes, além da própria ANA: Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Departamento de Água e Energia Elétrica e a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente (Sima), pelo Estado de São Paulo, Instituto Água e Terra e Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), pelo Estado do Paraná, operadoras e geradoras de energia elétrica, Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema e os seis Comitês Afluentes, instituídos nos Estados de São Paulo e Paraná. Outros órgãos, prefeitos municipais, usuários de água também participam pontualmente. As reuniões são abertas e todos podem participar.

Também é possível acompanhar a situação dos reservatórios na Bacia Hidrográfica, por meio do CBH Paranapanema:

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