Águas subterrâneas do Paranapanema são tratadas em Congresso Mundial

Realizado entre os dias 9 e 13 de setembro, em Davos, na Suíça, o Congresso Mundial de Águas Subterrâneas de 2024 conta com a presença e a participação do pesquisador e membro da Câmara Técnica de Integração das Águas Subterrâneas (CTIAS) do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema (CBH Paranapanema), Rodrigo Manzione.

Um dos trabalhos que Manzione está apresentando é sobre os padrões espaciais e temporais do armazenamento das águas subterrâneas na Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema, durante os anos de 2003 a 2022.  Esse estudo revelou que há uma concentração de áreas com maior de armazenamento de águas subterrâneas na cabeceira e um menor armazenamento no exultório da Bacia.

O estudo também concluiu que não há tendências significativas de queda nos níveis na região durante o período, porém percebe-se uma diminuição progressiva dos níveis a partir do ano de 2016, o que pode estar associado às crises hídricas que tem assolado a Bacia. De qualquer forma, o estudo demonstra o poder das águas subterrâneas em assegurar a segurança hídrica da região devendo assim ser preservada e conservada para momentos de crise como esse pelo qual se passa a Bacia e o Brasil.

O estudo foi desenvolvido em conjunto com a geógrafa Carolina Souza Brizotti, discente do Programa de pós-graduação em Geografia (mestrado profissional) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Presidente Prudente, que é apoiado pelos CBHs do Alto Paranapanema, Médio Paranapanema, Pontal do Paranapanema e Aguapeí e Peixe.

O congresso é o principal evento internacional de águas subterrâneas, e é organizado pela Associação Internacional de Hidrogeólogos (IAH). O coordenador da CTIAS e Geólogo, Emílio Carlos Prandi, aponta a importância das pesquisas, como essa, sobre águas subterrâneas na Bacia do Paranapanema. “Este recurso tão importante, conforme o Plano de Recursos Hídricos (Pirh) do Paranapanema, deve ser muito melhor estudado e fortemente monitorado para que seja usado de forma racional e ajude na segurança hídrica da Bacia em eventos extremos com e a seca pela qual passamos”, complementa.