As Câmaras Técnicas do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema (CBH Paranapanema) – de Integração (CTIPA), Institucional e Legal (CTIL), de Educação Ambiental e Capacitação (CTEA) e de Integração das Águas Subterrâneas (CTIAS) – se reuniram conjuntamente na manhã de quinta-feira (6).
O coordenador da Câmara Técnica de Instrumentos de Gestão (CTIG) e representante da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Antônio Cezar Leal, apresentou o “Estudo da Qualidade da Água Subterrânea do Aquífero Guarani para Subsidiar Gerenciamento de Recursos Hídricos e Educação Ambiental”, que está sendo desenvolvido pela Universidade. A pesquisa tem como objetivo estudar e compreender o gerenciamento das águas subterrâneas, considerando o aquífero Guarani.
De acordo com Leal, os resultados esperados visam trazer conscientização e responsabilização social dentro do contexto problemático que envolve urbanização e rápida industrialização, elementos que podem ser prejudiciais à manutenção da boa qualidade das águas subterrâneas.
Uma das envolvidas no projeto, a mestranda em Química Jaqueline Dias Oliveira, explicou, durante a reunião, alguns aspectos técnicos da pesquisa, como a existência de contaminação por arsênio em águas subterrâneas do Guarani. A partir deste projeto, será desenvolvido um curso de extensão universitário semipresencial para dialogar como as águas subterrâneas devem ser manuseadas e tratadas dentro do sistema de gestão de recursos hídricos visando ao seu uso sustentável e mostrar estudos realizados sobre presença de Arsênio em poços do Aquífero Guarani.
Os especialistas da área do CBH Paranapanema poderão contribuir com a programação do curso, que será voltado aos membros dos Comitês instalados na Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema e interessados na temática.
Durante a reunião, também foi dado um informe sobre o desenvolvimento do estudo para a implementação da Cobrança do Uso da Água. O Coordenador de Sustentabilidade Financeira e Cobrança da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Thiago Gil Barreto Barros, explicou que estão na fase de coleta de informações sobre os usos, para traçar resultados preliminares e entregá-los, como parte do primeiro produto, até o início de julho. O Coordenador ressaltou que a fase seguinte do estudo é apresentar os cenários de arrecadação. O Comitê do Rio Paranapanema enfatizou que acompanhará o andamento de todas as etapas para que o processo seja participativo e pactuado com todos.
